Escrevo-te esta carta durante o meu horário de trabalho… estou a fazer noite…tudo está calmo… só se houve os grilos a cantar. De vez em quando um carro passa e importuna o lindo e ensurdecedor silêncio que existe. Lá fora, o céu, estrelado e limpo. É possível ver dezenas de constelações de estrelas e tentar adivinhar qual a estrela que mais brilha lá no alto. É engraçado ver como um ponto que se encontra a milhões de anos luzes ainda se pode ver o seu brilho, não incandescente mas muito brilhante. Fico centrado numa que parece ser aquela que mais brilha num raio de milhões e milhões de outras suas irmãs. Ao olhar esse ponto luminescente e brilhante fez-me recordar de ti… não por seres um ponto pequenino a milhares de anos-luz, mas sim pela forma que brilhas na minha vida. Ao ver aquele ponto piscando faz-me recordar momentos vividos por nos, recordar a forma como os teus olhos brilham ou quando soltas um simples mas dócil sorriso. As estrelas têm um poder enorme. Não foi por acaso que os Reis Magos conseguiram encontrar a cabana onde Jesus nascera. As estrelas os guiaram. As estrelas tem o dom de nos guiar e de nos iluminar a nossa vida, mesmo na escuridão da noite elas estão presente, brilhando como querendo indicar-nos a caminho correcto. Na minha vida essas estrelas também existem, onde tu também estas, brilhando de uma forma muito mais intensa que qualquer outra. Tu és mais de que uma estrela só, brilhas tanto como uma constelação. Atrevo-me mesmo a dizer que és o sol, o sol que guia e ilumina o meu ser. Sei que parece que estou a ser um pouco lamechas demais, mas é assim que o sou. Gosto de pensar em coisas boas, e dizer o que sinto.
